Vacinação




          PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE VACINAS

Proteger ou não seu filho está fora de questão. Melhor é saber tudo sobre as doses que evitam as doenças.


1 - Como a criança fica imunizada?

As vacinas utilizam os mesmos agentes causadores das doenças, mas inativados, atenuados, modificados ou utilizados apenas em parte. Quando a criança é vacinada, seu organismo produz anticorpos para aquele agente específico. Assim, ao entrar em contato com o vírus ou a bactéria causadores da doença, seu filho está pronto para atacá-los.

2 - Por que algumas vacinas não fazem parte do calendário oficial?

As vacinas são divididas conforme o uso: rotineiro (do calendário) e eventual, usadas com indicação especial, como a contra gripe.

3 - Há diferença entre o calendário oficial, do governo, e o da Sociedade Brasileira de Pediatria?

A diferença é mínima. O do governo é básico e o da SBP, um pouco mais completo. Mas isso não significa menor proteção para a criança, pois é o pediatra que avalia a necessidade de ela tomar determinada vacina – como contra catapora, que não está disponível na rede pública –, levando em conta os riscos de contaminação do ambiente em que a família vive.

4 - O programa brasileiro de vacinas é tão bom quanto o de países desenvolvidos?

Embora o governo brasileiro não tenha recursos suficientes para distribuir de graça as vacinas disponíveis no mercado, seu programa de imunização é considerado um dos mais completos do mundo.

5 - O que impede meu filho de ser vacinado?

São poucas as restrições à vacinação. Entre elas, febre alta (acima de 39ºC) e doenças ou remédios que alterem a imunidade, pois se a resistência do organismo estiver baixa, há risco de a vacina causar a doença que deveria evitar.

6 - O uso de corticóides pode interferir?

Caso a criança esteja tomando corticóides há menos de sete dias, pode ser vacinada. Spray nasal ou pomada não interferem na imunidade. A aplicação será adiada se o uso do medicamento for prolongado ou em dose elevada.

7 - A combinação antibiótico e vacina é perigosa?

Não. O uso de antibióticos não é motivo para seu filho não tomar vacina, desde que ele esteja bem.

8 - E se a criança estiver com diarréia ou resfriado?

Um resfriado sem febre ou uma diarréia leve não representam ameaça à vacinação.

9 - O que é uma reação grave à vacina?

Uma urticária ou um choque anafilático. Crianças com tais reações alérgicas não devem receber nova dose da vacina que as provocou.

10 - A vacina do posto de saúde tem a mesma qualidade da vacina da clínica particular?

Sim. Clínicas e postos de saúde são rigorosamente fiscalizados pela Vigilância Sanitária. Deve-se estar atento às condições de armazenamento das vacinas em consultórios médicos, nem sempre tão equipados quanto as clínicas e os postos de vacinação. Converse sempre com o seu Pediatra. ele irá explicar o local mais indicado para fazer a vacinação.

11 - O que acontece se eu perder o prazo de uma vacina?

Em caso de atraso de alguma dose, não é preciso reiniciar o calendário. Basta tomar a dose que falta.

12 - Tem problema adiantar a dose?

O organismo precisa de tempo para criar uma resposta imunológica, isto é, "fabricar" anticorpos. Por isso, nada de adiantar as doses. Mas não há problema em dois ou três dias fora do prazo (antes ou depois).

13 - Há um período do dia mais indicado para vacinar?

Seu filho pode tomar vacina a qualquer hora, antes ou depois de comer, ir para a escola ou passear, quando for mais conveniente. O importante é não perder a dose! Nós indicamos, sempre que possível, fazer a vacinação no período da manhã, pois caso ocorra algum efeito colateral, você terá o dia toda para observar.

14 - Quais os efeitos colaterais mais comuns?

São mal-estar, febre, inchaço e dor no local da picada, irritabilidade. Melhoram com compressa fria, antitérmicos, repouso e muito carinho.

15 - As vacinas são 100% seguras?

Quase 100%, mas reações graves, como complicações neurológicas ou mesmo a doença que a vacina evitaria, são raras. Em média, ocorrem na proporção de 1 para cada 200 mil aplicações.

16 - Se meu filho costuma ter febre seguida de convulsão, é preciso algum cuidado na hora de vacinar?

Como a febre, um sintoma comum à vacina, aumenta a chance de convulsão, essa criança tem de ser medicada antes com antitérmicos indicados pelo pediatra. Se este não é o caso do seu filho(a), nunca medique antes da vacinação. Este é um ato errado. Deveremos medicar, somente aqueles que têm algum efeito colateral após a vacinação e nunca de maneira preventiva!

17 - O que é a vacina acelular?

É a vacina produzida com vírus e bactérias (ou parte deles) modificados por engenharia genética. A tecnologia resulta em menos efeitos colaterais, mas encarece o produto. A eficácia é a mesma da vacina convencional.

18 - O que faço se meu filho precisa de uma vacina que não se encontra nos postos de saúde?

Vacinas específicas, como as acelulares ou outras não incluídas no calendário do governo, podem ser adquiridas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

19 - Por que o governo prefere utilizar a vacina em gotas contra a poliomielite?

Porque a outra, a IPV (Salk) é injetável e requer profissionais especializados na aplicação, ao contrário da Sabin, em gotas.Essa diferença barateia o custo da vacinação e aumenta seu alcance.

20 - Se a criança regurgita a vacina em gotas, deve tomá-la de novo?

Sim, se ela regurgitar nos 15 minutos seguintes à vacinação. Antigamente, para evitar o problema, os médicos recomendavam jejum de uma hora antes a uma hora depois da aplicação. Mas a prática caiu em desuso. Mas prestem atenção: Isto não procede na vacinação contra o Rotavírus, que também é por via oral. Se por acaso a criança regurgitar ou até vomitar, não é indicado repetir essa dose da vacina.

21 - É verdade que a vacina contra catapora não pode ser misturada ao uso de medicamentos?

Sim. Deve-se evitar o uso de remédios à base de salicilatos, como a aspirina e alguns antiinflamatórios, até seis semanas após a aplicação. Isso porque a substância associada à infecção da catapora pode causar a síndrome de Reye (inflamação cerebral e hepática), doença rara, mas letal.

22 - Bebês devem tomar vacina contra gripe?

Os pediatras recomendam a vacina em crianças abaixo de 2 anos (e a partir dos 6 meses), pois elas apresentam grande probabilidade de hospitalização ao adquirir a doença. Mas tudo dependerá da rotina dessas crianças, não sendo obrigatória a vacinação para todas. Converse sobre isso com o seu Pediatra, pois ele explicará as razões para fazer ou não está vacinação no seu filho(a).

23 - Pode-se tomar mais de uma vacina no mesmo dia?

Sim, não faz mal algum. Mas elas devem ser aplicadas em locais distintos na pele e com agulhas separadas.

24 - As vacinas combinadas são tão boas quanto as únicas?

A vantagem das combinadas é apenas a redução do número de picadas. Em uma só injeção, protege-se a criança contra várias doenças, como é o caso da SRC, a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba).

25 - Qual a regra de vacinação para bebês que nascem prematuros?

Acima de 2 quilos, podem ser vacinados normalmente. Caso contrário, espera-se que a criança adquira o peso ideal.

26 - A criança precisa ser vacinada, se já teve a doença?

É comum cometerem-se equívocos no diagnóstico de doenças como sarampo, caxumba, rubéola e hepatite. Por isso, na dúvida, os médicos recomendam como princípio que é melhor vacinar.

27 - Qual o significado da marquinha deixada na pele pela BCG, contra tuberculose?

É esse sinal que indica se a vacina fez efeito. Caso a marca não apareça, o que acontece em menos de 2% das crianças, a dose tem de ser repetida.

28 - A amamentação interfere no efeito da vacina?

Os anticorpos da mãe são transferidos para o bebê ainda no útero, pela placenta, e depois, por meio do aleitamento. Mas eles não interferem no efeito da vacina, pois são incapazes de neutralizar os vírus e as bactérias presentes no medicamento.

29 - A vacinação é diferente para crianças especiais?

Crianças como as portadoras da síndrome de Down são suscetíveis a infecções causadas pela bactéria pneumococo. Para elas, os especialistas reforçam a importância da antimeningocócica.

30 - Há algum truque para diminuir o medo da picada?

Mentiras só aumentam o trauma. O ideal é explicar à criança sobre a importância das injeções, contando que os próprios pais também já foram vacinados. Fale a verdade: a picada dói, mas passa – e a saúde fica.






QUAIS VACINAS O BEBÊ DEVE TOMAR NO PRIMEIRO ANO DE VIDA?

1 mês

BCG (dose única)

É a vacina que protege contra as formas graves de tuberculose, doença ainda muito comum em nosso país. É produzida com uma forma atenuada do bacilo (bactéria) causador da doença. Essa vacina não costuma provocar reações imediatas, mas depois de 2 a 3 semanas pode haver uma reação local, com o aparecimento de um nódulo que evolui para uma cicatriz. É aplicada em dose única, no braço direito, logo após o nascimento.

Hepatite B (primeira dose)

É a vacina que protege contra a hepatite B, uma forma de infecção viral que pode ser adquirida em qualquer momento da vida. Ela é produzida de uma “parte” do vírus que causa a doença. É muito segura e eficaz. Devem ser administradas três doses para garantir proteção adequada.

2 meses

Hepatite B (segunda dose)

É a vacina que protege contra a hepatite B, uma forma de infecção viral que pode ser adquirida em qualquer momento da vida. Ela é produzida de uma “parte” do vírus que causa a doença. É muito segura e eficaz. Devem ser administradas três doses para garantir proteção adequada.

 

DTP (difteria, tétano e coqueluche, primeira dose)

Protege contra difteria (crupe), tétano e coqueluche (tosse comprida). É uma combinação de duas toxinas inativadas (tétano e difteria) e de produtos da bactéria causadora da coqueluche. A tríplice comum (contém a bactéria inteira da coqueluche) associa-se com diversos efeitos adversos após a aplicação, como febre e dor; com sua forma acelular (contém alguns produtos purificados da bactéria da coqueluche), as reações são muito mais leves. Deve ser aplicada em 3 doses e 2 reforços

Hib (Haemophilus influenzae, primeira dose)

Protege contra a bactéria Haemophilus B, que é responsável por doenças graves como meningite, pneumonia e epiglotite (inflamação da glote, que leva à falta de ar). A vacina é composta de partes dessa bactéria e deve ser aplicada por via intramuscular. Devem ser administradas 3 doses e de 1 a 2 reforços.

Pólio oral ou inativada (primeira dose)

Protege contra a paralisia infantil. Existem dois tipos de vacina: Sabin, ou trivalente oral, produzida com o vírus vivo atenuado, e Salk, ou injetável, produzida com o vírus inativado. Deve ser administrada em 3 doses e 2 reforços.

Rotavírus (primeira dose)

É uma vacina que protege contra o rotavírus, agente frequente de diarreia entre as crianças. É uma vacina com vírus atenuado e deve ser administrada por via oral em 2 doses.

Pneumocócica conjugada (primeira dose)

Protege contra o pneumococo, bactéria que causa meningite e pneumonia. A vacina conjugada é feita com 13 sorotipos de pneumococo. Deve ser administrada em 3 doses e 1 reforço.

OBS: Existe a possibilidade da conjugação da DPT, HIB, Pólio e Hepatite B, podendo-se fazer a Vacina Hexavalente

3 meses

Meningocócica C (primeira dose)

Protege contra o meningococo C, um dos tipos que causam a meningite meningocócica, forma grave de infecção. Deve ser administrada em 2 doses e 1 reforço. 

4 meses

DTP (difteria, tétano e coqueluche, segunda dose)

Protege contra difteria (crupe), tétano e coqueluche (tosse comprida). É uma combinação de duas toxinas inativadas (tétano e difteria) e de produtos da bactéria causadora da coqueluche. A tríplice comum (que contém a bactéria inteira da coqueluche) associa-se com diversos efeitos adversos após a aplicação, como febre e dor; com a forma acelular (que contém alguns produtos purificados da bactéria da coqueluche), as reações são muito mais leves. Deve ser aplicada em 3 doses e 2 reforços.

Hib (Haemophilus influenzae, segunda dose)

Protege contra a bactéria Haemophilus B, responsável por doenças graves como meningite, pneumonia e epiglotite (inflamação da glote, que leva à falta de ar). A vacina é composta de partes dessa bactéria e deve ser aplicada por via intramuscular. Devem ser administradas 3 doses e de 1 a 2 reforços.

Pólio oral ou inativada (segunda dose)

Protege contra a paralisia infantil. Existem dois tipos de vacina: Sabin, ou trivalente oral, produzida com vírus vivo atenuado, e Salk, ou injetável, produzida com vírus inativado. Deve ser administrada em 3 doses e 2 reforços.

Rotavírus (segunda dose)

É uma vacina que protege contra o rotavírus, agente frequente de diarreia entre as crianças. É uma vacina com vírus atenuado e deve ser administrada por via oral em 2 doses.

Pneumocócica conjugada (segunda dose)

Protege contra o pneumococo, bactéria que causa meningite e pneumonia. A vacina conjugada é feita com 7 sorotipos de pneumococo. Deve ser administrada em 3 doses e 1 reforço.

OBS: Existe a possibilidade da conjugação da DPT, HIB e Pólio, podendo-se fazer a Vacina Pentavalente

5 meses

Meningocócica C (segunda dose)

Protege contra o meningococo C, um dos tipos que causam a meningite meningocócica, forma grave de infecção. Deve ser administrada em 2 doses e 1 reforço.

6 meses

Hepatite B (3ª dose)

É a vacina que protege contra a hepatite B, uma forma de infecção viral que pode ser adquirida em qualquer momento da vida. Ela é produzida de uma “parte” do vírus que causa a doença. É muito segura e eficaz. Devem ser administradas três doses para garantir proteção adequada.

DTP (difteria, tétano e coqueluche, terceira dose)

Protege contra difteria (crupe), tétano e coqueluche (tosse comprida). É uma combinação de duas toxinas inativadas (tétano e difteria) e de produtos da bactéria causadora da coqueluche. A tríplice comum (que contém a bactéria inteira da coqueluche) associa-se com diversos efeitos adversos após a aplicação, como febre e dor; com a forma acelular (que contém alguns produtos purificados da bactéria da coqueluche), as reações são muito mais leves. Deve ser aplicada em 3 doses e 2 reforços.

Hib (Haemophilus influenzae, terceira dose)

Protege contra a bactéria Haemophilus B, responsável por doenças graves como meningite, pneumonia e epiglotite (inflamação da glote, que leva à falta de ar). A vacina é composta de partes dessa bactéria e deve ser aplicada por via intramuscular. Devem ser administradas 3 doses e de 1 a 2 reforços.

Pólio oral ou inativada (terceira dose)

Protege contra a paralisia infantil. Existem dois tipos de vacina: Sabin, ou trivalente oral, produzida com vírus vivo atenuado, e Salk, ou injetável, produzida com vírus inativado. Deve ser administrada em 3 doses e 2 reforços.

Rotavírus (terceira dose)

É uma vacina que protege contra o rotavírus, agente frequente de diarreia entre as crianças. É uma vacina com vírus atenuado e deve ser administrada por via oral em 2 doses.

Influenza (primeira dose)

Protege contra alguns tipos de vírus que causam a gripe. Como esses vírus sofrem modificações, a vacina deve ser aplicada em 2 doses com intervalo de 1 mês entre elas, a partir dos 6 meses, e repetida anualmente. É produzida com vírus morto.

OBS: Existe a possibilidade da conjugação da DPT, HIB, Pólio e Hepatite B, podendo-se fazer a Vacina Hexavalente

1 ano

Meningocócica C – dose de reforço

Protege contra o meningococo C, um dos tipos que causam a meningite meningocócica, forma grave de infecção. Deve ser administrada em 2 doses e 1 reforço.

SCR (sarampo, caxumba e rubéola) – primeira dose

Protege contra estas 3 infecções virais: o sarampo (doença exantemática que pode levar a complicações como pneumonias), a caxumba (inflamação da glândula parótida) e a rubéola (doença exantemática grave em mulheres grávidas). É produzida com vírus vivos atenuados. A imunização deve ser feita em duas doses, a primeira aos 12 meses de vida e a segunda entre 4 e 6 anos de idade.

Varicela – primeira dose

Protege contra as formas graves de varicela, uma infecção viral que leva à formação de vesículas pelo corpo, com febre e queda do estado geral. É produzida com o vírus atenuado. A primeira dose é aplicada com 1 ano de idade e pode ser feito um reforço na fase pré-escolar.
OBS: Existe a possibilidade da conjugação da SCR e Varicela, podendo-se fazer a Vacina Tetravalente Viral.

Hepatite A – primeira dose

É a vacina que protege contra a hepatite A, uma infecção viral que causa inflamação aguda e grave do fígado. É produzida a partir do próprio vírus na sua forma inativa. Deve ser administrada em duas doses, com intervalo de 6 meses.


QUAIS VACINAS O BEBÊ DEVE TOMAR A PARTIR DE 1 ANO?

15 meses

DPT – reforço

Protege contra a difteria (crupe), coqueluche (tosse comprida) e tétano. É uma combinação de duas toxinas inativadas (tétano e difteria) e produtos da bactéria causadora da coqueluche. A tríplice comum (que contém a bactéria inteira da coqueluche) associa-se com diversos efeitos adversos após sua aplicação, como febre e dor; com sua forma acelular (contém alguns produtos purificados da bactéria da coqueluche) as reações são muito mais leves.

Hib (Haemophilus influenzae tipo B) – reforço

Protege contra a bactéria Haemophilus influenzae tipoB, responsável por doenças graves como meningite, pneumonia e epiglotite (inflação da glote que leva a falta de ar). A vacina é composta por partes dessa bactéria e deve ser aplicada por via intramuscular. Devem ser administradas 3 doses e 1 ou 2 reforços.

Pólio – reforço

Protege contra a paralisia infantil. Existem 2 tipos de vacina: a Sabin ou trivalente oral, produzida com vírus vivo atenuado, e a Salk ou injetável, produzida com o vírus inativado.

Pneumocócica conjugada – reforço

Protege contra o pneumococo, que é uma bactéria que causa meningite e pneumonia. A vacina conjugada é feita com 13 sorotipos de pneumococo. 

2 a 3 anos

Influenza (gripe)

Protege de alguns tipos de vírus que causam a gripe. Como esses vírus sofrem modificações, a vacina deve ser feita em 2 doses aos 6 e 7 meses e repetida anualmente. É produzida com vírus morto.



QUAIS VACINAS A CRIANÇA NA FASE ESCOLAR DEVE TOMAR?

A partir dos 9 anos de idade

É recomendável a vacina contra o HPV (papilomavírus humano) para meninas. São realizadas em 3 doses, com intervalo médio de 1 a 2 meses entre uma e outra dose, dependendo da apresentação. O HPV é um vírus que pode causar verrugas na região genital e associa-se de forma importante com o desenvolvimento de tumor de colo uterino.

Aos 10 anos de idade

Deverá ser realizado o reforço da vacina de febre amarela apenas para crianças que moram em região endêmica e/ou viajarão para as regiões: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF, área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se forem viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.



VACINA CONTRA HPV

Doenças Causadas pelo HPV

Existem duas vacinas contra o HPV:

• Vacina quadrivalente (6, 11, 16 e 18) recombinante contra o HPV
Idade para vacinação: meninas e mulheres de 9 a 26 anos. Três doses intramusculares da vacina, sendo a segunda e a terceira doses administradas no segundo e sexto mês após a primeira dose.
• Vacina bivalente (16 e 18) recombinante com adjuvante contra o HPV
Idade para vacinação: meninas e mulheres de 10 a 25 anos. Três doses intramusculares da vacina, sendo a segunda e a terceira doses administradas no primeiro e sexto mês após a primeira dose.
O HPV é um vírus de alta contagiosidade, sendo o contato sexual o principal (mas não o único) meio de transmissão desta infecção. Para termos uma idéia da sua importância estima-se que cerca de 50% a 70% das pessoas com atividade sexual irão, em algum momento de suas vidas, se infectar pelo HPV. Após a infecção a grande maioria das pessoas consegue eliminar o vírus do organismo espontaneamente, não ocorrendo nenhum tipo de doença. Entretanto, em um menor número de casos o HPV pode provocar o aparecimento de lesões na pele e nas mucosas, as chamadas verrugas ano-genitais. O HPV pode, ainda, provocar infecção persistente entre os poucos casos em que o organismo não consegue eliminar espontaneamente o vírus. Estas pessoas têm maior tendência a desenvolver lesões associadas ao câncer, principalmente as mulheres. Hoje, sabemos que mais de 99% dos tumores de colo do útero são causados pelo HPV.
As estimativas mundiais indicam que a cada ano surgem 470.000 novos casos de câncer de colo do útero. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam, para este ano, o surgimento de 18.000 novos casos de câncer do colo do útero no Brasil. Aproximadamente 4.000 mulheres morrem vítimas desse câncer, que representa a quarta causa de morte por neoplasia nas brasileiras.
As duas vacinas contra HPV licenciadas no Brasil contemplam em sua composição os tipos responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero (os tipos 16 e 18), sendo que a vacina quadrivalente contempla ainda os tipos 6 e 11, responsáveis por cerca de 90% das verrugas genitais. Vale aqui destacar que um benefício adicional destas vacinas, ainda não totalmente esclarecido, é que ambas apresentam resultados preliminares mostrando proteção cruzada contra infecção e/ou lesões associadas a tipos oncogênicos não contemplados nestas vacinas, aumentando, assim, a sua potencial cobertura de proteção.
Estas vacinas são profiláticas (preventivas) e, portanto, não tratarão infecções por HPV existentes previamente, nem suas complicações. Além disso, é importante salientar que estas vacinas não previnem todos os tipos de HPV associados ao câncer enfatizando a necessidade das mulheres vacinadas de continuarem a realizar o exame preventivo (PAPANICOLAOU) do câncer do colo do útero.
Reações adversas– Vermelhidão e dor no local da vacina e febre até 48 horas após a aplicação. Outras reações são mais raras.



Calendários:



Confira o Calendário de Vacinação 2011/2012 para crianças e adolescentes da Sociedade Brasileira (SBP).
Para conferir o Calendário de Vacinação completo, acesse o link:http://www.sbp.com.br/pdfs/calendario_vacinal_SBP2011.pdf
CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
Orientações importantes para a vacinação da criança:

(1)
  vacina BCG:
 Administrar o mais precoce possível, preferencialmente após o nascimento.  Nos prematuros com menos de 36 semanas administrar a vacina após completar 1 (um)  mês de vida e atingir 2 Kg. Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade (4 anos 11meses e 29 dias) sem cicatriz vacinal. Contatos intradomicíliares de portadores de hanseníase menores de 1 (um) ano de idade, comprovadamente vacinados, não necessitam da administração de outra dose de BCG. Contatos de portadores de hanseníase com mais de 1 (um)  ano de idade, sem cicatriz - administrar uma dose. Contatos comprovadamente vacinados com a primeira dose - administrar outra dose de BCG. Manter o intervalo mínimo de seis meses entre as doses da vacina. Contatos com duas doses não administrar nenhuma dose adicional. Na incerteza da existência de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase, aplicar uma dose, independentemente da idade. Para criança HIV positiva a vacina deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possível. Para as crianças que chegam aos serviços ainda não vacinadas, a vacina está contra-indicada na existência de sinais e sintomas de imunodeficiência, não se indica a revacinação de rotina. Para os portadores de HIV (positivo) a vacina está contra indicada em qualquer situação.

(2)  vacina hepatite B (recombinante): Administrar preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, ou na primeira visita ao serviço de saúde. Nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou em recém-nascidos à termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguir esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG), disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais - CRIE, nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento. A vacina e a HBIG administrar em locais anatômicos diferentes. A amamentação não traz riscos adicionais ao RN que tenha recebido a primeira dose da vacina e a imunoglobulina.

(3)
  vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis e Haemophilus influenzae b (conjugada):
 Administrar aos 2, 4 e 6 meses de idade. Intervalo entre as doses de 60 dias e, mínimo de 30 dias.  A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis – DTP são indicados dois reforços. O primeiro reforço administrar aos 15 meses de idade e o segundo reforço aos 4  (quatro) anos. Importante: a idade máxima para administrar esta vacina é aos 6 anos 11meses e 29 dias. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados menores de 1 ano  iniciar esquema com DTP+ Hib; não vacinados na faixa etária entre 1 a 6 anos, iniciar esquema com DTP. Para os comunicantes menores de 1 ano com vacinação incompleta, deve-se completar o esquema com DTP + Hib; crianças na faixa etária de 1 a 6 anos com vacinação incompleta, completar esquema com DTP. Crianças comunicantes que tomaram a última dose há mais de cinco anos e que tenham 7 anos ou mais devem antecipar o reforço com dT.

(4)  vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada): Administrar três doses (2, 4 e 6 meses). Manter o intervalo entre as doses de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Administrar o reforço aos 15 meses de idade. Considerar para o reforço o intervalo mínimo de 6 meses após a última dose.

(5)
  vacina oral rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada):
 Administrar duas doses seguindo rigorosamente os limites de faixa etária: 
primeira dose: 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias.
segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias.
O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias. Nenhuma criança poderá receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação não repetir a dose.

(6)  vacina pneumocócica 10 (conjugada): No primeiro semestre de vida, administrar 3  (três) doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Fazer um reforço, preferencialmente, entre 12 e 15 meses de idade, considerando o intervalo mínimo de seis meses após a 3ª dose. Crianças de 7-11 meses de idade: o esquema de vacinação consiste em duas doses com intervalo de pelo menos 1 (um) mês entre as doses. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses, com intervalo de pelo menos 2 meses.

(7)
  vacina meningocócica C (conjugada):
 Administrar duas doses aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias, e mínimo de 30 dias. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade.

(8)
  vacina febre amarela (atenuada):
 Administrar aos 9 (nove) meses de idade. Durante surtos, antecipar a idade para 6 (seis) meses. Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os paises em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.  Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
(9)  vacina sarampo, caxumba e rubéola: Administrar duas doses. A primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda dose deve ser administrada aos 4 (quatro) anos de idade. Em situação de circulação viral, antecipar a administração de vacina para os 6 (seis) meses de idade, porém deve ser mantido o esquema vacinal de duas doses e a idade preconizada no calendário. Considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Acesse o link:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21462

Diferenças entre as vacinas do Posto de Saúde e das clínicas particulares:




As vacinas do recém-nascido: BCG e hepatite B

Esta pergunta é muito frequente no consultório e a resposta não é igual para todas as vacinas, sendo assim, explicarei cada uma delas. Para não ficar muito cansativo, dividirei este assunto em algumas partes. Nesta primeira parte, falarei sobre as vacinas do recém-nascido: BCG e Hepatite B.
   
Vacina BCG

Esta vacina pode ser aplicada já na maternidade ou nos postos de saúde e clínicas particulares no primeiro mês de vida. A vacina BCG do posto, da maternidade ou da clínica particular são exatamente iguais.
A vacina BCG é feita com uma bactéria chamada Bacillus Calmette-Guérin e tem como objetivo prevenir contra as formas graves de tuberculose. Ela é aplicada no braço direito da criança, por via intradérmica (injetável). Alguns dias após a aplicação, forma-se um pequeno carocinho no local que irá abrir (supurar) e eliminar uma secreção branca e sem odor. Após alguns dias, a ferida se fecha e deixa uma pequena cicatriz arredondada no local. Esta reação é normal e demora em média um mês para se completar, mas há casos em que a ferida demora um pouco mais para evoluir, ou mesmo em outros casos, a ferida que já estava fechada pode voltar a abrir e fechar novamente. Se isto acontecer, não se preocupe, isto é normal. Não se deve espremer a lesão e também não se faz curativo no local.
  
Vacina contra Hepatite B

Esta vacina protege contra a hepatite B, que é causada por um vírus, transmitido pelo contato com sangue e secreções de pessoas contaminadas. A hepatite B, em alguns casos, pode causar uma hepatite crônica, com maior risco de evolução para câncer de fígado. A vacina é injetável e o esquema completo de imunização é composto de três doses, sendo que a primeira dose pode ser aplicada já na maternidade ou durante o primeiro mês de vida. A vacina é aplicada no músculo da coxa do bebê e os efeitos colaterais são raros. Eventualmente, pode ocorrer dor local e febre baixa no mesmo dia e até no dia seguinte à aplicação. A vacina do posto, das clínicas e da maternidades são exatamente iguais.

Como o primeiro mês de vida do bebê envolve muitas novidades, surpresas e noites sem dormir, por uma simples questão de praticidade e comodidade, costumo recomendar que estas duas vacinas sejam aplicada já na maternidade, pois desta forma, o bebê e a mamãe serão poupados de sair de casa no primeiro mês para fazer a vacinação.
  
Vacina contra poliomielite (Sabin e Salk)
 
A poliomielite é causada por um vírus cuja aquisição se faz por via oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus. O vírus da pólio causa a tão temida ˜Paralisia Infantil”, uma doença que felizmente já foi erradicada do Brasil. Porém, a pólio ainda está presente em várias partes do mundo e, por este motivo, é fundamental que continuemos a vacinar as nossas crianças contra a pólio.
 
Sabin = vacina contra a pólio do posto de saúde
É a vacina da gotinha. É uma vacina muito eficaz e que é feita com vírus vivos atenuados, ou seja, enfraquecidos por processos químicos. Por conter vírus vivos, mesmo que estejam atenuados, há um pequeno risco do vírus da vacina causar a paralisia infantil. Em um país onde a paralisia infantil já foi erradicada, no meu entender, não é admissível se correr o risco de adquirir poliomielite pela vacina.
 
Salk= vacina contra a pólio das clínicas particulares
É injetável e é feita com vírus inativados, não havendo qualquer risco de se adquirir poliomielite por esta vacina. Quanto à eficácia, as duas vacinas, a Salk e a Sabin são igualmente eficazes na proteção contra a pólio. Esta vacina está disponível comercialmente somente na forma combinada com outras vacinas, que são as vacinas pentavalente e a hexavalente, sobre as quais falarei no final.
O esquema completo de vacinação, tanto para a Salk como para Sabin é composto de seis doses: aos 2, 4 e 6 meses, 1º reforço com 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos de idade.
Está prevista para este ano, a introdução da vacina Salk nos postos de saúde, porém, por enquanto, a vacina dos postos ainda é a Sabin.
   
Vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche)
 
A diferença entre a tríplice do posto e das clínicas é que a vacina do posto é feita com células inteiras e a das clínicas é acelular. Trata-se de uma questão técnica que diz respeito ao processo de fabricação da vacina, não havendo interferência na eficácia da vacina. Porém, há uma diferença na prática: observa-se que a vacina de células inteiras (utilizada nos postos de saúde) causa efeitos colaterais como inchaço, dor no local da aplicação e febre com uma maior frequência.
O esquema completo de vacinação também é composto de três doses,(2, 4 e 6 meses), 1º reforço com 15 meses e 2º reforço entre 4 – 6 anos de idade.
  
Vacina contra haemophylus influenzae
 
Esta bactéria é responsável por infecções como otites, pneumonias, sinusites e até mesmo meningite, principalmente em crianças com menos de 4 anos de idade. As vacinas contra ohaemophylus influenzae dos postos de saúde e das clínicas são iguais. Nos postos de saúde, a vacina contra o haemophylus é aplicada juntamente com a vacina tríplice bacteriana e, por este motivo, se chama vacina tetrabacteriana e, neste caso, a tríplice será a de células inteiras, como foi descrito anteriormente.
Nas clínicas particulares, a vacina contra haemophylus influenzae é oferecida separadamente,ou junto com a tríplice acelular (tetravalente acelular), ou ainda dentro da vacina hexavalente ou dentro da vacina pentavalente.
  
Vacina hexavalente
 
É uma vacina que combina 6 vacinas em uma única injeção: Salk (pólio inativada), tríplice acelular (difteria, tétano e coqueluche), haemophylus influenzae e hepatite B. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e pode ser utilizada aos 2 e 6 meses de vida do bebê.
  
Vacina pentavalente
 
É uma vacina que combina 5 vacinas em uma única injeção: Salk (pólio inativada), tríplice acelular (difteria, tétano e coqueluche) e haemophylus influenzae. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e pode ser utilizada aos 4 meses de vida do bebê e no 1º reforço, aplicado geralmente com 15 meses de vida.
  
Vacina contra meningococo C conjugada
Esta vacina protege contra a meningite causada pelo meningococo do tipo C, que é o tipo de meningococo mais freqüente em circulação no Brasil. As vacinas contra meningococo C do posto e das clínicas particulares são exatamente iguais, tanto na eficácia como na frequência de efeitos colaterais. É uma injeção que é aplicada na coxa do bebê, sendo que o esquema completo é composto por duas doses, que são aplicadas geralmente aos 3 e 5 meses de vida, com um reforço com 1 ano de idade. Os efeitos colaterais incluem dor no local da aplicação e febre que podem ocorrer no dia da aplicação e no dia seguinte.
 
Vacina conjugada contra o pneumococo
Streptococcus pneumoniae ou pneumococo é uma bactéria que pode causar infecções como otites, sinusites e também outras mais graves, como meningites e pneumonias. Há dezenas de tipos de pneumococos, mas ainda não há uma vacina que proteja contra todos os tipos de pneumococos. As vacinas disponíveis protegem contra os tipos que circulam com maior freqüência na população.
A vacina dos postos de saúde protege contra 10 tipos de pneumococo (por isso é conhecida como “10 valente”) e a vacina das clínicas particulares protege contra 13 tipos, ou seja, os dez tipos da vacina do posto e mais 3 tipos, o que corresponderia a uma proteção 6% maior do que as vacinas dos postos. A vacina das clínicas é conhecida como “13 valente”.
O esquema completo de vacinação, tanto para as vacinas dos postos como das clínicas, é composto de 3 doses e um reforço após um ano de idade. Nas clínicas, ela costuma ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, com um reforço após um ano de idade. Nos postos de saúde, ela costuma ser aplicada aos 3, 5 e 7 meses, com um reforço após um ano de idade. O importante não é o mês em que se inicia o esquema vacinal e sim o intervalo entre as doses, que deve ser de pelo menos 2 meses.
A vacina é injetável e é aplicada na coxa do bebê, podendo causar dor e inchaço no local da aplicação e também febre no mesmo dia e no dia seguinte à aplicação.
 
Vacina tríplice viral – Sarampo, Caxumba e Rubéola (MMR)
A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Também é conhecida como MMR que é a sigla em inglês da vacina: Measles, Mumps, Rubella. Ela é feita com os vírus vivos atenuados (enfraquecidos) causadores do sarampo, da caxumba e da rubéola. Os vírus das três doenças estão contidos dentro de uma mesma vacina, ou seja, a criança recebe uma só injeção que protege contra as três doenças.
As vacinas dos postos e das clínicas particulares são exatamente iguais, tanto na eficácia como na ocorrência de eventuais efeitos colaterais. Ao contrário da maioria das outras vacinas, os efeitos colaterais ocorrem em média de 7 a 10 dias após a aplicação. Pode ocorrer febre, mal-estar e até lesões de pele semelhantes àquelas causadas pelo sarampo e rubéola, porém, em intensidade muito menor. Na grande maioria dos casos, os efeitos colaterais ou não ocorrem, ou são tão leves que não chegam a ser percebidos pelos pais.
O esquema vacinal consiste em uma dose quando a criança completa um ano de idade e um reforço entre quatro e seis anos de idade, preferencialmente, aos quatro anos.
 
Vacina contra varicela – Catapora
A vacina contra a varicela, por enquanto, só está disponível nas clínicas particulares. Esta vacina é feita com o vírus vivo atenuado causador da varicela e pode causar efeitos colaterais em média de 7 a 10 dias após a aplicação da vacina. Pode ocorrer febre, mal-estar e até lesões de pele semelhantes àquelas causadas pela catapora, porém em quantidade e intensidade muito menores do que na doença original. Na maioria dos casos, os efeitos colaterais não ocorrem ou não chegam a ser percebidos pelos pais.
O esquema vacinal consiste em uma dose quando a criança completa um ano de idade e um reforço entre quatro e seis anos de idade, preferencialmente, aos quatro anos.
Recomendações importantes
 
  • Não utilizar medicações que contenham ácido acetil salicílico (por exemplo: AAS, Aspirina, Melhoral) por um mês após a aplicação da vacina da catapora. Existem relatos da ocorrência de casos de uma doença chamada Síndrome de Reye associados ao uso de AAS na vigência de infecção pelo vírus da varicela. A Síndrome de Reye é uma doença grave, de rápida progressão e, muitas vezes, fatal, que acomete o cérebro e o fígado.
 
  • Como ambas as vacinas (tríplice viral e varicela) devem ser aplicadas com um ano de idade, recomenda-se que as duas vacinas sejam feitas no mesmo dia. Porém, se os pais preferirem fazer em dias diferentes, é muito importante lembrar que deve haver um intervalo mínimo de um mês entre uma vacina e outra. Isto ocorre porque as duas vacinas são feitas com vírus vivos.
  
Vacina tetravalente viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela combinadas)
Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e tem a vantagem de associar as vacinas tríplice viral e a varicela em uma só injeção. Há relatos de uma maior frequência de febre e, eventualmente convulsões, em crianças jovens que utilizaram esta vacina combinada. Sendo assim, alguns pediatras preferem não utilizar a vacina na primeira dose, que é dada com um ano de idade e indicá-la somente por ocasião do reforço, entre 4 e 6 anos de idade.

Fonte: Site PediaTrio

PS: as condições de armazenamento das vacinas são fundamentais para sua confiabilidade. Os postos de saúde possuem uma fiscalização exigente em relação a isso e também uma alta rotatividade de lotes pelo volume utilizado.Cuidado com pequenas clínicas ou consultórios particulares pois podem não ter as condições adequadas para a preservação das vacinas.





























Um comentário:

  1. Hoje, meu filho de 2 meses recebeu a primeira dose da vacina do Rotavírus no posto de saúde mas infelizmente vomitou logo depois....Por isso, me senti estimulada a fazer uma boa atualização sobre o assunto pois nesses momentos ficamos muito inseguras, mesmo sendo uma mãe médica!

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